Mentoria e 
Coaching Profissional

Ao mesmo tempo em que o Mentor busca a construção de uma relação de desenvolvimento profissional com o(s) líder(es) na consistência e na orientação da gestão de seu negócio e/ ou empresa, também ajuda assertivamente os líderes menos experientes ou com hábitos menos profissionais no processo de fazer escolhas e nas tomadas de decisão. O objetivo do Coach será o de levar o(s) gestor(es) à reflexão, fazendo-o(s) rever(em) conceitos e crenças, mudando o comportamento e a forma de agir(em).

MENTORIA

É um termo inglês, normalmente traduzido como "tutoria ou mentoria." Na maioria das vezes, é uma forma de desenvolvimento profissional in loco (através do exemplo e da atitude de como lidar com os reais problemas da organização). Mentoria, portanto, é uma relação pessoal de desenvolvimento que consiste em uma pessoa mais experiente ajudando a outra, menos experiente, no processo de liderança e de tomada de decisão. O mentor é um guia, um conselheiro, alguém que tem comprovada experiência profissional como executivo, líder e gestor de empresas. 

Faz parte do trabalho do mentor incluir conversas, discussões e debates acerca de assuntos que são ou não ligados ao trabalho. É muito importante que haja convivência diária nas atividades e tomadas de decisão do gestor. Esse processo possibilita alavancar o aprendizado e o desenvolvimento na carreira de quem tem menos bagagem profissional. É muito comum observar, nas organizações, que em alguns casos erra não apenas quem faz, mas também quem deixa de fazer alguma coisa.

No mundo empresarial, o mentoring ganhou popularidade nos últimos anos, porque demonstra ser uma ferramenta mais rápida e eficaz do que outras. Utiliza o conhecimento e a experiência profissional do Mentor como sabedoria e alavancagem para a formação profissional do gestor. Permite, assim, que o Mentor traga à reflexão o gestor, para que ele transforme o seu comportamento diante das dificuldades, permitindo a desconstrução de vícios e a construção comportamental virtuosa. É um caminho que impulsiona a inovação e a criatividade, tornando a organização mais competitiva, porque avança mais rapidamente pelos estágios de aprendizado. É a teoria sendo aplicada na veia da prática.

É indiscutível o benefício que a mentoria traz para o aprendiz, para a organização e para o próprio mentor. Cria-se nesta relação um círculo virtuoso de confiança e de aprendizagem. Na mentoria, diferentemente do Coaching (que tem início, meio e fim pré-agendados), não tem um prazo determinado para o término do trabalho. A mentoria continua enquanto houver benefício para todas as partes. O mentor deve ser, necessariamente, mais experiente e possuir uma visão sistêmica e holística. Trata-se de uma parceria de aprendizagem e de desenvolvimento entre alguém com vasta experiência, que traga, em sua alma, a constante vontade de ajudar alguém que quer aprender. 

A mentoria, nos últimos anos, tornou-se popular no mercado porque demonstrou ser uma poderosa ferramenta para as empresas, apresentando resultados mais eficazes do que a capacitação formal do líder. Como se trata de um processo que inspira e motiva o mentorado, possibilita ainda a transmissão formal ou informal de conhecimento, do aprendizado das relações humanas e do capital social, feita por meio do apoio psicossocial recebido e percebido pelo destinatário. Provoca, desse modo, o Mentorado a ousar e a arriscar-se mais.

O mentor utiliza a sua experiência, de forma assertiva, no capital humano e utiliza-se também do conhecimento que já existe na empresa, além de impulsionar o negócio com criatividade e inovação. Essa educação profissional deve buscar resultado nas ações e nos elementos relevantes para o projeto, o trabalho, a organização, a carreira ou o desenvolvimento pessoal e profissional do mentorado e da empresa.

Coaching Profissional

A origem da palavra coaching é inglesa e significa capacitação/treinamento. Surgiu pela primeira vez na Hungria e designava uma koczi (carruagem) de quatro rodas; o profissional que a conduzia era chamado de Coach, aquele que conduzia o passageiro (Coachee) ao seu destino desejado. Foi idealizada para proteger seus habitantes das intempéries regionais ao serem transportados de um lugar para outro. Logo depois, a palavra coaching foi utilizada na universidade de Oxford e significava tutor, aquele que ajudava, alguém que orientava os passos de uma pessoa para que esta tivesse sucesso sustentado em valores e princípios. Em 1831, foi utilizada pela primeira vez nos esportes e, a partir de 1950, apareceu pela primeira vez no mundo dos negócios.

O Coaching Profissional tem por objetivo provocar as organizações, por meio de seus líderes gestores, para que concebam questionamentos e reflexões sobre hábitos, atitudes e decisões tomadas pela e/ou para a empresa, de maneira a estabelecer uma nova forma de raciocínio e de resultados melhores que aqueles outrora praticados. Seria correto dizer que a parte que ignoramos é muito maior do que a que conhecemos.
A desconstrução de um pensamento limitado tem direta correlação com a forma de observar, de perceber e de reagir aos desafios profissionais pelos Coachees. Possibilita, também, o autoconhecimento e a mudança comportamental nas atitudes do coachee, fazendo-o questionar suas atitudes, de forma coerente, consistente e estruturada.

Esse desenvolvimento pessoal e profissional é o crescimento cognitivo e reflexivo para tornar o indivíduo, emocionalmente, mais confiante e seguro sobre o seu potencial. O conhecimento de seus talentos e fraquezas irá ensiná-lo a lidar com a emoção que o envolve e, consequentemente, fará a diferença na hora de se relacionar com outras pessoas, demonstrando mais assertividade em suas ações.

Como vivemos em um mundo de percepções, nos acostumamos a observar e a viver num modelo de vida em que aprendemos a não nos questionar e, por este motivo a também não pensar que podem existir outras possibilidades. Esse modelo está, de certa forma, enraizado na nossa cultura. Foi construído a partir de nossas experiências individuais e únicas com nossas famílias e comunidades. Na verdade, construímos percepções de vida e do ambiente no qual crescemos e aprendemos sem a orientação necessária que nos faça perceber e compreender. Refletir sobre isso parece difícil, mas o resultado será despertador. Não argumento que nos ensinaram errado, digamos que faltou foco, forma e compreensão. Isso é norma; habitualmente aprendemos mais tarde, cada um no seu próprio tempo.

A paciência em nos ensinar, quando crianças e jovens, sobre a importância do questionamento e das relações com outros humanos nos traz emocionalmente uma série de vantagens, que não cabem serem discutidas neste texto. Mas a parte boa é que nunca será tarde para aprender. O refletir, o questionar e o raciocinar são atributos que. quando agregados a uma ação ou a uma tomada de decisão, permite-nos arriscar mais e errar menos. Ampliemos o nosso estado de observação para instigar a mente a pensar em várias alternativas e/ou possiblidades. A quebra dessa barreira limitadora que impomos a nós mesmos, sem percebermos, quando bem e emocionalmente administrada, aumenta a criatividade, traz a alegria e nos enche de confiança.

Somos, e seremos sempre, frutos de tudo o que nos cerca, seja para o bem ou para o mal, pois crescemos dependentes das relações humanas, causa imediata de nosso crescimento. Sozinhos numa ilha deserta, pouco desenvolveríamos. Isso porque agimos com base no que foi aprendido e na forma como nos moldamos, seja para a sobrevivência, para a defesa e/ou por qualquer outro motivo. Partindo dessa premissa, cada pessoa tem a sua visão única e particular do mundo e, desta forma, percebe-o e dá significado às suas próprias experiências classificando-as como positivas ou negativas. 

Devemos aprender e nos permitir perceber a existência de diversas outras possibilidades e alternativas que podem encaixarem-se melhor para a solução de um problema; algo que ocorre somente com a maturidade. Isso porque é decorrente da reforma íntima, ou seja, do exercício inexorável do autoconhecimento. Somente por meio desta busca interna é possível encontrar a luz. Para quem gosta de filosofia, sugiro a leitura do livro “A República”, de Platão, principalmente o capítulo do Mito da Caverna.

Haverá um momento na vida da maioria das pessoas que será importante a validação de sua própria intuição como ferramenta de ação. Trata-se de um instrumento divino muito calcado nas experiências do passado. Acumulamos tanta informação e conhecimento que, muitas vezes, nem sequer abrimos as gavetas. É aí que a intuição e o instinto podem fazer a diferença, desde que acreditemos racionalmente neles. Esse é mais um benefício do autoconhecimento. 

Abre-se, então, uma janela para que os líderes, os gestores e/ou os empreendedores percebam e mudem racionalmente seus hábitos, comportamentos e atitudes na hora da tomada de decisão. Desde as mais simples até as mais complexas. É permitir-se usar a reflexão com um dos principais eixos para a tomada de decisão. O outro eixo, que deve atuar em consonância com o primeiro é o dos princípios, dos valores morais, dos valores éticos. São os eixos necessários para obter resultado incontestável nos objetivos organizacionais ou sociais construídos por qualquer empresa. Agora, cabe lembrar que, sem a força de vontade, nem começar será possível.

Aparentemente, concretizar esta mudança dá muito trabalho para o pensamento atual. Depois, quando se conquista a mudança, passa-se a pensar emocionalmente de forma inteligente e, daí, tal transformação converte-se em combustível. Somos indivíduos únicos e diferentes por natureza e por vivência. É fundamental aprendermos a nos relacionar com o outro, seja quem este outro for ou de onde vier. Essa adaptabilidade adquirida pelos relacionamentos que aprendemos a construir deixa-nos mais preparados para o mundo profissional. Quanto mais nos isolarmos, menos cresceremos. Se tivermos alguma missão nesta vida, certamente estará interligada ao aprendizado estupendo e magnífico de se relacionar. Como dizia o Imperador e filósofo Marco Aurélio: “Os homens são feitos um para outro: instrui-vos ou então suporta-os.” Pense no caminho ao qual você escolheu.

“Ouse pensar por si mesmo. Quem não sabe o que busca, não identifica o que acha. Tudo o que não puder contar como fez, não faça!” 

(Filósofo Immanuel Kant)

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