Plano de Negócios
Como dizia o filósofo Platão: “Seu dever é ficar de pé – não ser mantido de pé.” Segundo os últimos números de avaliação do mercado, no Brasil, o índice de mortalidade de novas empresas nos primeiros dois anos de vida ultrapassa os 58%. Este número elevado decorre, principalmente, da falta de cultura de planejamento e de pesquisa por parte dos empreendedores. Ou seja, as decisões são tomadas empírica e impulsivamente.
O plano de negócios é uma ferramenta vital para minimizar o risco do negócio, tanto para a abertura de novas empresas ou negócios, quanto para as empresas em desenvolvimento ou já maduras. O importante é transcrever para o papel as ideias que estão na cabeça do dono, do empreendedor ou do gestor, em um documento de viabilidade de investimento econômico-administrativo e de assertivo foco.
Sabemos que boa parte das micro, pequenas e médias empresas brasileiras (considerando escritórios, consultórios, lojas, etc.) normalmente não tem um plano de negócios, ou, quando os tem, este se resume a textos editados sobre um modelo pré-determinado e que não convencem nem o próprio empreendedor — que dirá bancos, investidores e sócios.
Como se diz: o papel aceita tudo e qualquer número será mágico; mas o que devemos aprender com isso? É fundamental refletirmos e entendermos que se deve tratar com a devida seriedade o negócio, seja ele qual for. Sonhos precisam de muito estudo, trabalho e dedicação para se tornarem reais. Do contrário, serão decepções que poderão assombrar a noite desses empreendedores.
Essa ferramenta metodológica possui as perguntas necessárias para viabilizar ou não o sonho/o negócio. Para responder a estas perguntas, é aconselhável pesquisar o mercado, usar o bom senso, liberar-se de todo e qualquer preconceito e crenças de gestão e dominar os números econômico-financeiros. Na minha opinião, o Plano De Negócios deveria ser inserido como disciplina obrigatória em qualquer curso de administração de empresas ou de gestão.
Tamanha é a importância dessa ferramenta que, normalmente, pode também ser solicitada por bancos como parte de pré-requisitos de aprovação de um empréstimo financeiro, por investidores para a avaliação de um negócio, de um capital de giro, de um investimento e, também, para a obtenção de um novo sócio.